Amigos leitores que por aqui já passaram

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Hoje, um amigo, professor de longa data como eu, confidenciou estar estudando para um concurso qualquer, pois já não mais aguentava o peso das salas de aula. Meu Deus, eu já caminho por essas veredas há dezessete anos. Nunca pensei em abandonar o barco. Mas, depois de ver tantos excelentes profissionais buscando ares mais amenos, longe das inconstâncias da educação, começo a pensar se não serei eu o errado, por ainda acreditar numa visão romanceada do ofício de professor. O fato é que está cada vez mais difícil. Antes, apenas os detentores do poder nos oprimiam. Agora, pais e alunos também assumem de forma magistral esse papel. Não vou desistir, ao menos por enquanto. Entanto, não quero acabar como o pobre Simão Bacamarte, do conto de Machado de Assis. Certamente alguém, neste momento, estará se perguntando quem são esses caras. O problema é que, do jeito que a coisa está, as perguntas conseguem, estranhamente, se sustentar sem respostas. Enfim, nunca é tarde para acreditar em mudanças. De uma forma ou de outra.

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