Numa mesa de bar, um grupo de dez pessoas cujo silêncio impressionava. Cada qual com seu aparelhinho ligado à internet. Vez ou outra, um comentário breve sobre o que se via nas telinhas amordaçantes. No mais, palavras mudas, olhos esbugalhados, dedos agitados. Que esse hábito ridículo não mais se repita em uma mesa de bar! Que não se troquem pessoas reais por cadáveres virtuais! Quando os bares silenciarem de vez, música, poesia, verdade e democracia estarão seriamente comprometidas. Sendo assim, esses zumbis da nova era, que não sabem conversar olho no olho, procurem outros lugares para exibir seus troféus tecnológicos. Sugiro cemitérios. No mais, deixem a boa e velha boemia para quem entende que bom mesmo é se entorpecer de gente.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
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