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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

lugar cerrado



os muros erguidos,
rijos como sonhos,
retêm-me a vista
por alguns instantes.

meus olhos distantes,
cansados de ver,
encontram um passado
ferido, sem asas.

não há mais palavra,
sequer pensamento:
apenas o muro
cinzento e voraz

devorando o tempo,
detendo desejos,
por pouco inocente,
como sonho antigo.

Um comentário:

  1. morri um pouco com a tuas palavras e é tão importante morrer...

    obrigada por escrever e ensinar.

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