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terça-feira, 29 de março de 2011

Incenso comum


ontem, plenilúnio,
ponteio inocente,
palavra soleira,
alazão alinde,
esmero de filha,
poema servil,
vontade ambição...

hoje, tempestade,
fel de cabeceira,
emanação arte,
aroma rosado,
roseira marouço,
grito de alegria,
hosana hosana...

amanhã, saudade,
soletude erma,
incenso comum,
liturgia dó,
verso repartido,
enervado frouxo,
debalde aspirar...

2 comentários:

  1. Dizem qe o eu-lírico não existe,é uma invenção do poeta. Nos seus poemas, há uma busca de [re]encontro, uma tentativa de reiventar-se por parte do eu-lírico.E o eu-lírico é você. Pelo menos é o que acho, e isso é o mais marcante, porque torna seus textos mais fluidos, autênticos, mas, ao mesmo tempo,controversos e cria um mistério irresoluto.
    Lindo poema. :)

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