Amigos leitores que por aqui já passaram

quinta-feira, 17 de março de 2011


          se já não há como alcançar,
          contento-me com a sombra
          que me atinge no limiar da tarde.
  
          se é noite, a memória ceifada
          pelo quase-nada sorriso providencial;
          sigo a reconhecer passos antigos.

          se não houve tempo, que as mãos distantes,
          engelhadas de saudade, deem lugar a um novediço
          amar marouço maré ressaca.

          se é ontem, é favor deixar aviso
          de que a porta que dá para o quintal-amanhã
          cerrou-se, por inveja do peito.
   
         
                   

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