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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Que linda era a borboleta,
ligeireza e inconstância, transformação e recomeço!
Que cores nas asas membranosas, cobertas de escamas; bicho-poesia
saído do casulo, ex-estágio larval alimentando-se vorazmente;
crisálida dependurada pelo par de falsas pernas!
Na minha calçada, que linda! Que linda dobrando suas asas para cima,
asas furta-cores, prismas de ar!
Foi então que um menino magro, preto das sujeiras do mundo,
indigência sem asas, passou correndo e, sem piedade,
esmagou a bichinha com seu pé descalço...
Que lindo era o menino, pisoteando insetos
e catando Sol!





Um comentário:

  1. Assim me parecem ser os sonhos, vez por outra, pisoteados por anseios e medo.

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