Amigos leitores que por aqui já passaram

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Substância

a Morte, imagino-a dissimulada,

de tal sorte disfarçada

que se quer mito, não desordem.



Orvalhada, surge em gotas

imbeles

irradiando histeria e alívio.



nua e amarelecida, vilipendia

as moiras

das parcas horas humanas,

que o resíduo

dos primeiros passos está Nela.



a piçarra e a lama e o grito

dos comboieiros inaugurais

demarcam-Lhe

as têmporas breadas.



de archote, reclama assento

no que é posto

e reposto

a cada lavra,

a cada insenso,

a cada ímpeto de sobrevôo...

(quero-a assim

rara,

toante e livre,

lucerna alta

a fixar no arremedo

das faces

a necessária pecha

da finitude).

Nenhum comentário:

Postar um comentário