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domingo, 2 de junho de 2013

Um dia, uma rosa



          Deixe-me, rosa madrigal, acordá-la
          mais uma vez, às três, às dez,
          ao findar da luz do dia;
          aguce as vistas sob esse mausoléu
          ornado de sonhos e lanças luzentes,
          que é domingo ainda, e as crianças adormecem.
          Livre-se da fadiga das horas impenetráveis,
          esses arcabouços de sentidos e mágoas
          vigiados por ponteiros farpados.
          Preserve as retinas, dispa-as dos amarelecidos
          e contemple o sol que ressurge lívido,
          debulhando os horizontes de outrora.
          Não lhe ofereço redomas ou podas outonais,
          apenas caminho sossegado em sua direção,
          sem o encargo de cativar,
          ainda que, na memória, seja
          de suas pétalas devedor,
          de seus espinhos cativo.
          

Um comentário:

  1. Quero lhe agradecer pela forma de nos blindar com sua veia poética que só faz despertar novos talentos e introduzir todos nós em um mundo mais interior.Sou seu aluno Academia Enem,Nanderson,um abraço.

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