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sexta-feira, 22 de julho de 2011


Quando vieres me amar,
chega feito passarinho,
com olhos por debulhar
as imperfeições do ninho.

Mas, se vieres me amar,
olvida esse desarrimo,
como sol a escumar
cada dimensão de um limo.

Já que pretendes amar,
sê justa na tua crença,
deixa de lado o pensar
e aceita a nova sentença.


Antes que deixes de amar,
faz da bruma teu consolo,
para que o tempo, ao julgar,
reconheça-te o esforço.

Ao acabares de amar,
sem rastro cicatrizado,
sem um penitenciar,
sem jargão, mira de lado.

Para que tornes a amar,
refaz, em flor, teu caminho:
Abrigos hás de encontrar,
mas teu lar se erige em mim.

Um comentário:

  1. De todos os teus poemas, que não são poucos, esse é o mais belo e encantador na minha opinião. Cada verso alfinetou-me o coração, emocionante.

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