As horas não me permitem chegar
aonde descansa teu alvo busto.
Creio-me limitado, que, por susto,
apio da saudade, ledo mar.
Tua ausência flui-me, errante pulsar
por que me eivo, sem histeria e custo,
nos toques, nas línguas, no sangue adusto,
em tudo que me compele a penar.
Devolve-me, ainda que por um passo,
a margem que me tornava ribeira
desaguante em teu colo, rosa cara.
Impinge-me mais uma vez teu aço
em brasa. Dá-me a paga derradeira
pela existência que, em ti, se fez rara.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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