Dei-me, insensato, ao teu convívio errante
que, mansa brisa a acalentar o estio,
voou! Que ausência invade os instantes!
Por onde anda o que forjaste a sonho?
Por onde se esconde o que prometeste?
Peito amargo, por que és tão medonho?
A casa onde vivo é mentira e dor:
cômodos, cômodos de solidão!
A hora atiça o tempo abrasador.
De meu filho, memoriais e ausência!
De meu lar, exílios e desamparo!
De mim, recomeços e sonolência!
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