não me bastam rimas,
sequer o gosto dos licores, os jenipapos
ou o sulco das faces espremidas nos pedaços
de sótão, arremedos do passado.
ferve-me o desaprumo,
desbrotante, impressentido, aviltado,
que a faina dos meus é coisa estranha,
que a terra que piso é sepultada.
absorto, sobrevém-me o espasmo,
negras faces soterradas de miséria,
asco espasmódico, braços carcomidos,
gleba infame de monturos e malogro.
a imagem do pequeno me entorpece,
face escarnada, retina arrependida
de ter que mirar o risco que limita o mar,
cotejo das coisas que, ao longe, são onicolores.
domingo, 11 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário