Quanta falta faz
a palavra simples,
que é lavra constante,
o verbo gestante,
o advérbio mocho,
o adjetivo frouxo,
o substantivo.
Não encontro mais
a palavra eclipse,
a que pede água,
a que reivindica,
a que mente ao filho,
a que morde e fere,
a radioativa.
Algo ainda me traz
a palavra dia,
que se oculta em gestos,
que recolhe os restos
e devolve amparos
na diária fala
rouca de calar.
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