Esqueço porque é necessário;
não por vondade, mas por segurança.
Esqueço para não me entregar à espera,
como se o novo passo dependesse essencialmente
dos rastros que se apagam, do anonimato das pegadas;
Esqueço para que outros possam recordar,
não o que me desencanta e que está em tudo ou ao redor
de todos; faço-o por autopreservação,
que meu ofício é erigir estátuas e nelas gravar epígrafes
que inspirem o homem e a fúria do tempo.
Esqueço porque me foi dado o dom da recriação.
não por vondade, mas por segurança.
Esqueço para não me entregar à espera,
como se o novo passo dependesse essencialmente
dos rastros que se apagam, do anonimato das pegadas;
Esqueço para que outros possam recordar,
não o que me desencanta e que está em tudo ou ao redor
de todos; faço-o por autopreservação,
que meu ofício é erigir estátuas e nelas gravar epígrafes
que inspirem o homem e a fúria do tempo.
Esqueço porque me foi dado o dom da recriação.
Lindo texto! Saber o que esquecer é um dom, pois normalmente o que queremos esquecer é o que mais insistimos em lembrar.
ResponderExcluirMaravilhoso! Que saudade de compartilhar dessa sua inteligência!
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