se já não há como alcançar,
contento-me com a sombra
que me atinge no limiar da tarde.
se é noite, a memória ceifada
pelo quase-nada sorriso providencial;
sigo a reconhecer passos antigos.
se não houve tempo, que as mãos distantes,
engelhadas de saudade, deem lugar a um novediço
amar marouço maré ressaca.
se é ontem, é favor deixar aviso
de que a porta que dá para o quintal-amanhã
cerrou-se, por inveja do peito.
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